sábado, 27 de junho de 2009

Vídeo da manifestação de Pernambuco.

http://www.youtube.com/watch?v=0utz3fCGVWM


Link no youtube do vídeo da manifestação dos estudantes e profissionais de jornalismo em pernambuco.

Jornalistas vão às ruas pela validação do diploma.





Decisão do STF está sendo questionada pela sociedade
Um ato em protesto por um direito conquistado há anos. Assim foi a manifestação que reuniu cerca de 100 estudantes, professores e profissionais em Jornalismo ontem à tarde. O grupo, que se concentrou em frente ao Sindicato dos Jornalistas do Estado de Pernambuco (SinjoPE), no bairro da Boa Vista, ganhou a avenida Conde da Boa Vista, se manifestando contra a decisão tomada no último dia 17 pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que derrubou a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão. O ato culminou na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), uma das primeiras instituições de ensino superior a oferecer a graduação. Uma audiência pública em defesa do diploma está programada para a próxima segunda-feira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), às 9h.
Lideranças políticas, estudantis e sindicais manifestaram-se a favor dos direitos conquistados pelos jornalistas nas últimas décadas. A grande maioria questionou a atitude tomada pelo ministro ao derrubar a exigência do diploma. Muitos acreditam que a medida pode precariezar as relações de trabalho em médio prazo. “A quem interessa a decisão do Supremo? A Constituição Federal prevê o livre exercício da profissão desde que obedeça as qualificações profissionais, que, no caso do Jornalismo, o diploma cumpre esse papel”, destacou o presidente da Ordem do Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE), Jayme Asfora. “Essa atitude é um retrocesso”, resumiu o secretário especial de Imprensa de Pernambuco, Evaldo Costa.
Para o presidente do SinjoPE, Ayrton Maciel, a queda do diploma ameaça a qualidade da produção jornalística. “Isso porque a medida abre um campo de trabalho para que pessoas sem preparação ou de má-fé possam manipular a informação, bem como produzi-las da forma que desejar. Não podemos ficar calados com essa decisão”, disparou o presidente. Uma pesquisa divulgada pela CNT/Sensus, divulgada esta semana, aponta que 74,3% dos brasileiros são a favor da obrigatoriedade do diploma de jornalismo. O estudo entrevistou duas mil pessoas em todo o Brasil.
O deputado federal Fernando Nascimento (PT-PE) adiantou que, na próxima semana, uma comissão parlamentar supra-partidária vai elaborar um projeto de lei que regulamenta a categoria e irá enviá-lo para a Câmara dos Deputados. “A nossa ideia é repercutir o fato. Fizemos contatos com os líderes do governo e todos estão aderindo à proposta”, revelou Nascimento. Já o deputado estadual Pedro Eurico (PSDB-PE) defende que a proposta tramite em regime de urgência para buscar a aprovação. Estudantes que participaram do movimento acreditam que a medida pode diminuir os postos de trabalho para quem é formado. “Com diploma já é difícil encontrar emprego. Imagina agora, que qualquer um ‘pode ser’ um jornalista”, questionou a recém-formada Suellen Menezes, de 23 anos. “Mesmo com o fim da exigência, pretendo concluir a graduação”, garantiu o universitário Rafael Eduardo do Nascimento, de 20 anos.
*CATEGORIA acredita que a queda do diploma ameaça a qualidade do jornalismo.

Estudantes e jornalistas debatem exigência do diploma na Assembleia Legislativa na segunda-feira.


Na próxima segunda-feira (29), a partir das 9h, estudantes, professores e profissionais de jornalismo vão participar de uma sessão na Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde debaterão sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. A iniciativa marca a união entre os deputados estaduais e o movimento Panelada de Jornalismo, formado por alunos da Universidade Católica de Pernambuco. O encontro é aberto ao público.
Nesta sexta-feira (26), foi realizado um ato público organizado pelo Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco. A manifestação teve início às 15h, na frente do SinjoPE. Por volta das 16h40, os participantes saíram em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista em direção à Universidade Católica de Pernambuco, onde foi prestada uma homenagem especial ao mais antigo curso de Jornalismo do Norte e Nordeste, criado em 1961.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O resultado pode vir mais rápido do q esperamos. Continuemos a luta!

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, disse hoje (26) à Agência Brasil que é possível o Supremo Tribunal Federal (STF) rever a decisão sobre a dispensa de diploma de curso superior para a prática jornalística. Segundo ele, isso poderia ser feito de duas maneiras: por embargo de declaração ou por meio de uma ação embasada em novos fundamentos.

“O STF não considerou que há, na imprensa, espaço para os articulistas, e que a liberdade de expressão não estava tolhida da legislação brasileira, até porque 42% dos profissionais que produzem conteúdo não são jornalistas”, disse.Britto argumenta que a "confusão" do STF sobre o que o seja a profissão de jornalista possibilita a utilização de um instrumento jurídico chamado embargo de declaração.

“Esse tipo de instrumento pode ser utilizado quando são identificados pontos omissos, erros ou contradições durante o processo”, explica.

“No caso, o embargo de declaração estaria relacionado aos pontos omissos, porque não foi observado que os colaboradores já têm espaço previsto para a manifestação de pensamento. Ao analisar esse ponto omisso, o resultado do julgamento poderia ter sido outro”, disse o presidente da OAB.

Segundo Britto, há, ainda, a possibilidade de uma outra ação impetrada apresentar novos fundamentos que convençam os ministros a mudar de opinião. “A liberdade de expressão não é comprometida pelo diploma”, disse. “E não há exclusividade para os jornalistas no que se refere a manifestação do pensamento”, afirmou.

terça-feira, 23 de junho de 2009

PEC para tornar obrigatória exigência do diploma.

Publicado em: 22/06/2009 15:00

Senador vai protocolar PEC para tornar obrigatória exigência do diploma de JornalismoRedação

Portal IMPRENSA

Na próxima terça-feira (23), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) vai protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição Federal (PEC) para tornar obrigatória a exigência do diploma de nível superior para o exercício da profissão de jornalista. No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pelo fim da exigência do diploma.
Site oficial
Antônio Carlos ValadaresSegundo o blog do jornalista Paulo Souza, o senador espera recolher as 27 assinaturas necessárias para a aprovação da PEC. "Com todo o respeito que tenho ao Supremo Tribunal Federal, foi uma decisão equivocada. O jornalista é um profissional cujo trabalho é reconhecido. É uma tradição a legitimidade. O Brasil não pode retroceder. Como um senador socialista, e junto com o vereador socialista Elber Filho, defensor dos jornalistas, não poderia deixar de recolher as assinaturas e protocolar a PEC", declarou o senador.
O deputado federal Eduardo Amorim (PSC-SE) prometeu apoio à iniciativa do senador quando ela chegar à Câmara dos Deputados. "Através de uma PEC mudaremos definitivamente este entendimento. O projeto deve existir nas duas Casas (Senado e Câmara) unificado e, não tenho dúvida que esta PEC será aprovada. Sou simpático a idéia da exigência do diploma para o exercício da profissão. É preciso qualificação porque assim torna a categoria muito mais forte e a sociedade sai ganhando com uma imprensa mais forte", afirmou o deputado.

PASSEATA EM RECIFE.

Estudantes e jornalistas saem em passeata pelo diploma e em protesto contra o STFJornalistas, estudantes, professores de Jornalismo, sindicatos e entidades sociais vão estar juntos, na próxima sexta-feira (26/06), em passeata pelo centro do Recife em direção ao Tribunal Regional Federal (TRF), para protestar contra a decisão do STF que extinguiu a obrigatoriedade da formação superior em Jornalismo para o exercício profissional. A concentração começa às 15 horas, na Praça Oswaldo Cruz, na Boa Vista, diante da sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (SinjoPE), com saída às 16 horas em direção à sede do TRF, no Cais do Apolo. Antes disso, haverá uma parada diante da sede do TJPE, na Rua do Imperador, quando haverá um ato simbólico em defesa da categoria dos jornalistas.

domingo, 21 de junho de 2009

INDIGNAÇÃO CRESCE DE NORTE A SUL: Novos protestos convocados para a segunda-feira.

Estudantes de Jornalismo de diversas cidades do país organizam novas manifestações de desagravo à decisão do STF que aboliu a obrigatoriedade da formação universitária para a profissão de jornalista. Os atos estão marcados para esta segunda-feira, dia 22, em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Teresina e Caxias do Sul. Serão simultâneos, a partir das 10h. Em Porto Alegre, haverá manifestação na quarta. A FENAJ, os Sindicatos de Jornalistas e o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo se engajaram na mobilização e estão convocando profissionais e professores a participarem ativamente. Também conclamam demais segmentos profissionais, movimentos sociais, parlamentares, autoridades a comparecerem às atividades, levando às ruas o apoio e preocupações que já vêm externando aos jornalistas. Conforme os Diretórios Acadêmicos dos Cursos de Jornalismo que lideram a organização, serão promovidas passeatas que culminarão com atos e a orientação é para que todos participantes vistam preto, usem nariz de palhaço, levem apitos e empunhem colheres de pau, além de faixas e banners da campanha pela valorização da formação e profissão de jornalista. As manifestações serão simultâneas em todas estas cidades, a partir das 10h desta segunda-feira. Já em Porto Alegre, o Sindicato está convocando mais um ato para quarta-feira.Veja, a seguir, as informações, cidade por cidade, sobre locais de concentração e trajetos das passeatas.


SÃO PAULO (SP)
DIA: 22/06 – segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: em frente ao metrô Consolação - av. Paulista, altura do nº 2163PASSEATA: até Hotel Reinascence* Para quem é de Campinas, às 8h sairá um ônibus da PUC levando os manifestantes até a capital.

BRASÍLIA (DF)
DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Praça dos Três Poderes
PASSEATA : até a Esplanada dos Ministérios

RIO DE JANEIRO (RJ)
DIA: 22/06 - segunda-feira
HORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: ABI
PASSEATA: até o Palácio Tiradentes

TERESINA (PI)
DIA: 22/06 - segunda-feiraHORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: Av Frei Serafim (ponto de encontro: Hiperbompreço)

CAXIAS DO SUL (RS)
DIA 22/06 - segunda-feiraHORÁRIO: 10h
CONCENTRAÇÃO: UCS

PORTO ALEGRE (RS)
DIA 24/06, quarta-feiraHORÁRIO: 13h
CONCENTRAÇÃO: Esquina Democrática

E o diploma?

Colégio de Presidentes da OAB lamenta decisão do STF e alerta para danos ao país

Reunido em Maceió (AL), na última sexta, o Colégio de Presidentes de Conselhos Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil emitiu nota onde, por unanimidade, lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal que pôs fim ao diploma de jornalista. Em sessão plenária dos 27 presidentes da OAB dos Estados e Distrito Federal, o Colégio expressou sua preocupação com as consequências de tal decisão para a sociedade brasileira, em seus aspectos técnicos e, sobretudo, éticos.

Fonte: www.fenaj.org.br


HÉLIO COSTA: PROJETO DE LEI EM PROL DO DIPLOMA.


O ministro das Comunicações, Hélio Costa, lamentou nesta quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STJ) de acabar com a obrigatoriedade do diploma para a profissão de jornalista. Ele defendeu que o Congresso Nacional elabore um projeto de lei contemplando a exigência da formação acadêmica para o exercício da atividade. “O que acontece é que quando há dúvidas essas questões vão parar no Supremo (Tribunal Federal), que decide em cima do histórico jurídico da matéria que é apresentada” afirmou o ministro. Para ele o Congresso deveria discutir essa questão e encontrar um caminho para oficializar a importância do diploma. “Acho que um deputado ou um senador poderia enviar um projeto de lei para ser apreciado pelo Congresso” afirmou.


O QUE: PROTESTO DOS JORNALISTAS CONTRA A DECISÃO DO STJ QUE ACABOU COM A OBRIGATORIEDADE DO DIPLOMA PARA EXERCER A PROFISSÃO
QUANDO: SEGUNDA-FEIRA, ÀS 15:00 HORAS
ONDE: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE SERGIPE


Atenciosamente,Cristina Rochadel Moreira Aragão Dantas--Marivone VieiraAssessora de ComunicaçãoVereadora Rosangela Santana (PT)


TODO MUNDO PROTESTANDO NA SEGUNDA-FEIRA!

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Manifesto à Nação.


"E a democracia? Como fica?"

Não é impessão minha, o Brasil realmente regride a cada dia.Eu ainda não consegui digerir a posição do STF colocando fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. Ou melhor, consegui compreender sim, nos entrelinhas.Como é possível, num país como o Brasil, a inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo ganhar quase por unanimidade a votação? Não dá pra comparar o Brasil com os Estados Unidos, caramba! Lá não é obrigatório, tá certo! Estamos falando dos ESTADOS UNIDOS! Mais desenvolvidos em tudo comparando o Brasil!O ilustríssimo ministro, presidente da mais alta corte da nação, não se lembra que saber escrever não dá o direito a qualquer pessoa de fazê-lo com responsablidade, visto que o jornaslismo pode acabar com a vida de uma pessoa se exercido de maneira inadequada. Então, tá certo! Vamos colocar qualquer um pra apresentar o Jornal Nacional! Por que não? Já que agora o diploma não é mais obrigatório, qualquer uma pessoa de ensino médio, ou melhor, qualquer analfabeto pode fazer reportagens na rua, não é mesmo, senhor ministro? Até porque: "Segundo Mendes, a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão". Nada impede que daqui mais um tempo qualquer um possa bater no peito e dizer: SOU JORNALISTA, DEFENDO A DEMOCRACIA!Democracia... É verdade, onde ela está? Na mão dos 9 ministros que votaram, imagino! Jornalista sem diploma é um golpe na democracia, e mais: JORNALISTA SEM DIPLOMA É O MESMO QUE REGRESSÃO AOS TEMPOS DA DITADURA.Agora vai ficar muito mais fácil pros sacanas desse país fazerem o que bem entenderem, afinal, não vão mais parar na imprensa.Ainda existe muito a se falar, como estudante de Jornalismo, mas eu to explodindo de raiva e não tenho condições.Tenho esperança que isso ainda, por algum milagre, mude! Os jornalista conseguiram sobreviver aos difíceis tempos de ditadura, espero que não baixem a cabeça agora a este ato de mediocridade, a este ato absurdo da não obrigatoriedade do diploma.Espero uma boa estratégia da FENAJ.

Impulsos in vitro almático!

Eu gostaria de saber dos meus amigos que se dedicam a outras áreas da academia se eles sabem o que é um lead, um texto manchetado, o que é a pirâmide invertida, ou mesmo qual a diferença entre um texto escrito para um site de notícias e outro para um veículo impresso? Sabemos que não, assim como eu não sei como fazer um projeto de um prédio, não sei a didática para ensinar, não sei calcular a dieta certa para uma pessoa, nem sei detectar uma doença. Não sou engenheira, professora, nutricionista, nem médica. Sou estudante de jornalismo, e senti meu coração doer com a falta de reconhecimento do STF para com milhares de estudantes de jornalismo de todo Brasil, que sonham em informar, em acrescentar à sociedade brasileira, tão carente de senso crítico e discernimento.Sem mais delongas, nós estudantes de jornalismo sabemos da importância da academia para a aprendizagem do exercício da profissão, sabemos que o jornalismo precisa sim de dom, de bagagem cultural, de um pouco de arte e um muito de prática, mas sabemos também que a vida acadêmica nos proporciona o aprendizado teórico, técnico, ético e estético. Não quero dizer aqui que aprendemos a ser éticos na faculdade, essa é sem dúvida uma questão de berço, mas aprendemos a aguçar nosso senso crítico para interpretar o que interessa à sociedade, como uma notícia deve ser veiculada, qual o sentido que mais deve ser explorado dentro das várias possibilidades.Agora, 40 anos depois da regulamentação da profissão no país, o plenário do STF (supremo tribunal federal) derrubou, por 8 votos a 1, a exigência do diploma para exercício da profissão no julgamento do recurso extraordinário RE 511961, no dia 17 de junho.Tudo isso começou em 2001 quando o SERT (sindicato das empresas de rádio e televisão de São Paulo) foi à justiça questionar a legitimidade da exigência do diploma. Na ocasião a juíza da 16a Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, Carla Rister concedeu uma liminar suspendendo a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão. Carla Rister defende que o Decreto-Lei nº 972/69 contraria a Constituição de 1988, que garante o direito à liberdade de expressão a todos os brasileiros; além de considerar que o exercício da profissão sem formação não representa perigos maiores à sociedade (leia-se aos três poderes): “Tal se deve, ademais, à propalada irrazoabilidade do requisito exigido para o exercício da profissão, tendo em vista que a profissão de jornalista não requer qualificações profissionais específicas, indispensáveis à proteção da coletividade, diferentemente das profissões técnicas (a de Engenharia, por exemplo), em que o profissional que não tenha cumprido os requisitos do curso superior pode vir a colocar em risco a vida de pessoas” (excerto do despacho da juíza Carla Rister, que suspende a obrigatoriedade do diploma de jornalista).A liminar concedida pela juíza foi derrubada por unanimidade pelo TRF (tribunal regional federal) da 3ª Região em outubro de 2005; a medida foi recorrida e levada ao Supremo Tribunal Federal, o restante do absurdo nós já sabemos. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, comparou a profissão de jornalista com a de cozinheiro, para ele mesmo que esses produtos (a comida e a informação) não sejam feitos por um profissional podem ser consumidos sem maiores danos. Pois é, a informação foi igualada a um prato de miojo! Dá pra acreditar?

A desvalorização do 4º poder.

Absurdo.Essa é a palavra que, entre tantas outras, define a decisão do STF em relação a não obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão de maneira legal.Num país deficiente como o Brasil, é no mínimo revoltante que 40 anos de conquista tenham sido jogados no lixo. Além de ser um desrespeito imenso a memória daqueles que foram exilados, torturados e mortos lutando a favor da liberdade de imprensa e da regulamentarização do exercício da profissão, é também uma ofensa a todos da classe jornalística que dedicam anos de sua vida em prol da liberdade de expressão e da democracia, bem como os estudantes de jornalismo que estão se esforçando em busca de seu sonho nas Universidades do país, enfrentando todos os percalços inerentes à profissão e ao próprio o curso.Ao invés de se preocupar em fazer votações direcionadas a estupidez da violência, o tráfico de dorgas, o desvio de dinheiro público e tantas outros problemas que deixam o Brasil na situação deplorável em que se encontra, os ministros - com seus diplomas intocáveis - desestimulam a educação no país alegando que qualquer pessoa sem formação pode ser jornalista. Compreende-se que porquanto um médico médico faz gosto de ter seu diploma reconhecido depois de estudar para sê-lo, o jornalista o faz da mesma maneira.Não se pode deixar de ressaltar também o descaso do Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, em fazer a infeliz comparação da profissão de jornalista a de um conzinheiro. Não é uma questão de desvalorização da profissão desta classe, mas sim o reconhecimento de uma profissão que é considera em muitos momentos como o 4º poder.Nós, estudantes de jornalismo, estamos revoltados diante da votação que quase por unanimidade rebaixou e desvalorizou a profissão de jornalista. O Brasil está sofrendo um retrocesso e pode-se comparar aos tempos de ditadura. A esperança de um país melhor vai ficando cada vez mais distante da realidade do cidadão brasileiro.O despropósito do Judiciário quanto a nossa classe precisa ser reivindicado através da união dos jornalistas junto a FENAJ numa grande mobilização social. Não é aceitável que 8 ministros vençam a voz de 80 mil jornalistas, 180 milhões de brasileiros.

STF derruba diploma para jornalistas.

Hoje pela manhã, como de custume, fui ao trabalho e abri um dos jornais de grande veiculação que chegam aqui (posto que trabalho numa biblioteca) no Recife. Não é espantoso ler barbaridades nesse jornal, posto que se trata de um jornal que banaliza o fato de recife ser a capital mais violenta do brasil, com o maior número de homicídios registrados em todas as espécies: contra homens, mulheres, negros, homossexuais, de um modo geral, colocando, nas suas matérias de capas, fotos fotos de corpos com bucacos de balas e facadas com fins de maior vendagem sensasionalizando a dor dessas mulheres que perdem todos os dias seus filhos, maridos, netos, etc. Desse jornal, só costumo tirar o caderno de cultura, porém hoje, algumas notícias específicas me chamamaram atenção: "STF DERROTA DIPLOMA PARA JORNALISTAS; ESTUDANTES DE JORNALISMO PROTESTAM - STF julga inconstitucional a obrigatóriedade do diploma para exerçer profissão".É muito triste preceber a banalização da comunicação no nosso país. É ABSURDA A DECISÃO DO STF de julgar inconstitucional a obrigatóriedade do porte do diploma para exercer a profissão de jornalista no Brasil. Pois, mesmo enquanto se era obrigatório o porte do diploma para exercer tal profissão, já havim profissionais anti-éticos, sensasionalistas, e sespreparados no mercado (esses que são responsáveis por esse jornal que citei à pouco, no texto acima por exemplo.), descompromissados com o dever de levar os fatos verídicos e não-destorcidos (sejam eles bons ou ruins) para à sociedade; Profissionais, jornais, revistas, veículos televisivos e escritos, que publicam a notícia de forma mais conveniente à quem paga mais; - se com a obrigatóriedade do porte do diploma, já encontrávamos esse tipo de jornalismo descompromissado e corrupto no país, imaginem, meus caros amigos, o que veremos pela frente, com a incostitucionalização da obrigatóriedade do diploma para exercer a profissão em questão?É, realmente eu não sei o que esperar. Temo profundamente pelo rumo do jornalismo brasileiro. Terei real medo de abrir um jornal daqui para frente, pois não estarei segura quanto ao compromisso com a veracidade daquela notícia ou até mesmo o compromisso profissional com a verdade de quem publicou e escreveu aquela notícia. Eu REALMENTE ESTOU PREOCUPADA. E se o padeiro decidir ser jornalista?! não que esses profissionais, seres humanos não possam ser capazes de atingir ou desenvolver tal profissão. mas um padeiro, antes de se tornar padeiro, estuda (aprendizado geralmente prático) para entrar e manusear o forno de uma padaria para fazer o pão. ele APRENDE a fazer o pão. ele SE PREPARA para ser padeiro. Mas segundo o presidente do STF, Sr. Gilmar Mendes, "Quando uma notícia não é verídica, ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A PROFISSÃO DE JORNALISMO NÃO OFEREÇE PERIGO DE DANO À COLETIVIDADE tais como a mediçina, engenharia e advocaçia, e nesse sentido, por não implicar tais riscos, não poderia extinguir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão."Com a queda da obrigatóriedade do diploma, que prova que o estudante estudou e se capacitou em determinada área para exercer tal profissão, tendo cursado qualquer curso superior QUALQUER PESSOA PODE SER UM JORNALISTA. Simples assim. Eu, que já não confiava muito na procedência das notícias que chegam até a mim por meio dos grandes veículos de comunicação e mídia nacional, agora estou piamente desconfiada. Inda mais com o âncora, do jornal televisionado com mais audiência no país afirmando que a emissora a qual ele e seu jornal pertencem já executavam essa prática entre os seus redatores. E você caro leitor? O QUE VOCÊ ESPERA DO FUTURO DO JORNALISMO NO BRASIL?